22 de outubro de 2010

Polícia - parte 2

Carta aberta à Comunidade de Barão Geraldo e Campinas

Hoje, dia 21 de outubro, quinta-feira, nós estudantes da Unicamp, fomos pegos de surpresa com a presença de três viaturas da polícia militar em nosso campus, cumprindo uma ordem judicial proferida pelo Ministério Público, por pressão da AMOC, a fim de impossibilitar a realização de uma atividade social dos estudantes da Unicamp e da comunidade de Campinas.

Esse fato é mais uma medida da política de repressão que não somente nós, mas todos os movimentos sociais e políticos vêm sofrendo ultimamente. A entrada da Polícia Militar no campus e na Moradia Estudantil faz lembrar tempos sombrios de nossa história, e não pode ser naturalizada. Ela é um ataque a dita “autonomia universitária”, interferindo no cotidiano da comunidade acadêmica. Nós entendemos que o espaço público deve estar à disposição irrestrita da população que a financia. Nesse sentido,nunca aceitaremos passivamente a entrada da polícia no campus e na Moradia Estudantil, bem como as negociatas da reitoria, AMOC, Ministério Público e polícia, para ditar de maneira truculenta como nos comportamos e relacionamos dentro da universidade.

Nós estudantes defenderemos sempre uma universidade democrática, em que seus espaços estejam sempre à disposição da população de Campinas.

Assembléia Extraordinária dos Estudantes da Unicamp realizada após os acontecimentos do dia 21/10.

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