Em tempos de crise necessitamos
de duas coisas: dinheiro e arte.
Sobre a primeira coisa, bom, a
coisa é mais paradoxal; no momento, sugiro, ou, que gastem tudo o que possuem e
tentem uma vida sem dinheiro, ou, que dobrem as apostas na lotofácil... esses
dois caminhos são difíceis, mas devem ter suas recompensas. Por hora, tenho
tentado trabalhar como estudante de filosofia, ler e pensar, repensar e
escrever...
Sobre a segunda coisa, vou
continuando rabiscando e publicando nessas redes sociais que têm por aí...
praticando novos instrumentos, criando pequenos trabalhos junto de grandes
parceirxs e amigxs. Praticando também oficinas por aí e a lida de todos os dias
de brincar com a arte em um mundo cheio de estranhamentos. E me pergunto
novamente, para quê a arte? e vou rabiscando... (recomendo pra todxs vocês! Façam
arte.)
Fazia tempo que eu não fazia uma
zine... dei um tempo nos quadrinhos para me dedicar aos estudos sobre a
possibilidade da existência em mundo tão louco como este, e tenho quadrinhado
apenas quando acho importante por em ação esse “fazer” que aprendi com o tempo ...
convido a lerem: a cartilha contra a reforma da previdência (clique AQUI) e a
cartilha contra a reforma trabalhista (clique AQUI); feitas por inúmeras mãos,
cabeças e corpos e vontade de resistir, que tive o prazer de participar.
Neste inverno resolvi por em
prática a feitura de dois zines muito especiais para mim.
Em pequenos fragmentos,
temos uma seleção enviada por carta dos últimos escritos do poeta recluso anti-internet
Said Leoni. São quatro contos distribuídos em 16 páginas, que tive a
oportunidade de editar, incluindo capa e algumas ilustrações coloridas que
gosto muito.
Em Caderninho verde ou apenas
retratos imaginários tento reproduzir na medida do possível, meu último
caderninho companheiro de caminhadas, carinhosamente apelidado de caderninho
verde, que me acompanhou de janeiro a julho deste ano. Nele, encontramos 36
retratos imaginários.
Mas a prática das zines envolve o
papel, o material... aquilo que está para além do simplesmente virtual e da
tela. Aí queria conversar com vocês...
Elaborei a impressão dessas zines
com um investimento na qualidade, mesmo que com um acréscimo de dinheiro
investido relativamente maior comparado às minhas zines anteriores, que em dez
anos (2009-2019) não tiveram seu valor de 2 reais alterados, desviando de
qualquer inflação possível... para horror dos economistas e empreendedores...
(quem não conhece, vejam as zines de forma gratuita AQUI)
E as coisas ficaram assim:
Pequenos fragmentos - Formato: A5, capa em papel verge 120gr. colorida, miolo com 16
páginas. – preço de custo por unidade: R$ 4,50.
Caderninho verde - Formato: Bolso (14,5 x 10 cm), capa em papel verge 120gr, miolo em papel reciclado
com 36 páginas. – preço de custo por unidade: R$ 4,30.
Para conseguir circular as zines,
estou fazendo uma pré-venda por aqui, quem se interessar, entre em contato! Pensei
em três formas de auxilio monetário:
1) Preço camarada: para quem está sem grana, quer as zines mas as
coisas estão difíceis, pensei em um valor mais de boa, cobre os custos e dá
para investir em outras impressões; cada zine por 10 reais + envio.
2) Preço Justo: é a medida justa, aquele valor harmônico tal qual
na Grécia clássica, feito para quem está com uma graninha sobrando e quer
investir em mentes criativas; um jeito de se sentir satisfeito e recompensar
esse que vos escreve com aquela cachacinha extra, ou um maço de cigarros, uma
marmita, um cineminha... essas coisas sabe... o “preço justo” para cada zine é 15
reais + envio.
3) O sonho do Mecenato: esse é para quem não sabe mais como
investir seu dinheiro e não se importa em gastá-lo qualquer coisa que aparece
na polishop; saiba que você é um privilegiadx e o século XVII pode voltar se
você quiser! Invista 50 reais ou mais nessas zines... Aí quem vos escreve
poderá viajar por terras desconhecidas para representar os sonhos e delírios
dessa humanidade besta, e você poderá dormir tranquilamente no conforto do seu
lar sabendo que sim, você ajudou em alguma coisa que nem imagina o que é! Nem
eu...
4) Para quem for fanzineirx e tiver uns materiais e queira trocar,
vamos conversar... pretendo utilizar a grana da opção 1 para fazer umas cópias
com o intuito de trocar materiais e ver como anda a vida em outros cantos desse
Brasil doido...
Bom, é isso... se você aguentou
chegar até aqui nesta postagem, parabéns! São poucas as pessoas que não se
dispersam depois dos 150 caracteres! Se você ainda não está muito ansiosx para
mudar de página, ver o instagram, ou a possibilidade de um status novo no
whatts... acredito que não aconteceu nada de muito importante no mundo nesses
minutos que você estava aqui.
Talvez, então, você queira ouvir
a música que segue, da Aíla, que acho muito boa para esquentar o coração nos
tempos difíceis, e no fundo, coloca bem melhor em palavras aquilo que gostaria
de ter dito no começo mas me perdi...
Ahhh, se você ainda continua aqui... e gostou do papo mole... pode voltar lá pro instagram viu... não vou mais te segurar... dá uma passadinha em https://www.instagram.com/batatasemumbigo/
Há braços e pernas!
Amor, quem quiser o sonho do mecenato não sabe como torná-lo realidade.
ResponderExcluiroua Nadia... me manda um e-mail que eu passo os dados... preciso de seu endereço e essas coisas para enviar os zines...
ExcluirVocê e o joão não são bons para tornar o sonho do mecenato realidade. Tem coisa do tipo "clica aqui, escreve seu endereço e a gente envia boleto ou conta para depósito"... E cadê ?
ResponderExcluirSaludos amigo, ¿Te gustaría volver a participar en TINTA NEGRA?
ResponderExcluirSaludos desde Barcelona. ¿Como va todo? ¿Te interesaría volver a publicar con nosotr@s?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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